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CORK HOUSE // Construção de Raiz

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FICHA TÉCNICA

Projecto: Cork House

Localização: Aroeira, Portugal

Programa: Construção de Raiz de Edifício de Habitação Unifamiliar

Área: 257m²

Fase de Projecto Actual: Concluído

Ano: 2018-2021

PRÉMIOS

Loop Design Awards - Projeto Nomeado para Architecture - Residential & Houses

ARCHILOVERS - Nomeado para Archilovers Best Project 2022

IMPRENSA

Architecture and Interiors India - Cork House

Público P3 - Uma casa de cortiça que é como um ser vivo: “É para ir mudando com o tempo”

FOTOGRAFIA

Tiago Casanova

MEMÓRIA DESCRITIVA

O projecto situa-se na Aroeira, área de pinhal na margem Sul do Rio Tejo. A sua proximidade à costa fez com que esta área se tornasse, a partir dos anos 70-80, numa zona predominantemente de habitação secundária, resultando numa intensa divisão ortogonal de lotes, que devastou uma grande área de pinhal. O projecto parte da vontade de contrariar esta tendência de substituição de pinheiros por contruções, tendo como premissa a integração do edifício com a paisagem envolvente. Esta ligação materializou-se através da implantação escolhida para a casa e do uso da cortiça para revestimento principal - uma camuflagem entre os troncos dos pinheiros. O programa que nos foi apresentado pelo cliente baseava-se no desejo de construir um lugar especial onde pudesse reunir a família e amigos. A casa por um lado, deveria ter um carácter prático e lúdico, que fomentasse uma vida social activa, e por outro permitisse e criação de um espaço de refúgio só seu. A casa desenvolve-se em dois volumes, com direcções opostas - um corpo longitudinal de um piso para a área social e outro com dois pisos que contém a área privada da habitação. Estes corpos articulam-se através de um eixo principal de circulação que, partindo da entrada, estabelece uma ligação pontual com as áreas privadas, extendendo-se depois até a área social. No piso 1, através de um eixo perpendicular ao anterior, surgem os quartos de visitas, com acesso directo ao jardim sobre o primeiro volume. Através da disposição destes volumes, o espaço vazio é dividido em diferentes áreas, proporcionando vivências distintas com várias escalas de privacidade. Destaca-se o espaço exterior central que, tirando partido de um grande plano envidraçado, se funde com a área social da casa. Nas restantes divisões foi igualmente privilegiada a fluidez espacial entre interior e exterior e a iluminação natural, a partir da abertura de grandes vãos, segundo as orientações Sudeste e Sudoeste. Por outro lado, as fachadas a Nordeste e Noroeste, perfuradas por pequenas frestas verticais, funcionam como um segundo muro da casa, criando uma barreira visual com a via pública. Na concepção do projecto foram tidos em conta os princípios da sustentabilidade, racionalização de recursos e design ambiental, através do uso de um conjunto de soluções passivas que contribuem para a redução de gastos energéticos da casa, tais como a definição da orientação solar adequada a casa uso, a promoção de ventilação e iluminação naturais e a utilização de sistemas de sombreamento exteriores (palas e estores reguláveis). Do mesmo modo, o arranjo paisagístico da proposta teve em conta o clima da região e a escassez de água cada vez mais acentuada. Optou-se, assim, pela criação de um jardim do tipo mediterrânico, escolhendo plantas que não exigem muita manutenção, e evitando areas relvadas - cobrindo o solo com gravilha e casca de pinheiro, garantindo a sua permeabilidade, sem necessidade de rega.

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